Conhecer o próprio corpo e investigar possíveis alterações que ajudem num diagnóstico precoce é o objetivo do Outubro Rosa
A campanha Outubro Rosa foi criada nos Estados Unidos, na década de 1990, com o objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O nome faz alusão à cor do laço que simboliza mundialmente a luta contra a doença e mobiliza a sociedade para o seu enfrentamento.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer do Brasil (Inca), somente em 2015, é estimado que surjam 57 mil novos casos de câncer de mama no país. Não há uma causa única para o seu surgimento, porém, a doença tem um aumento relativo e progressivo conforme o avanço da idade – cerca de quatro a cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.
Além da idade, alguns fatores de risco são o histórico familiar (mãe, irmã, tia e/ou avós com câncer de mama); não ter filhos ou a primeira gravidez ocorrer tardiamente; não amamentar; menstruar muito cedo e entrar na menopausa muito tarde; sobrepeso e obesidade; sedentarismo; consumo de bebidas alcoólicas e uso de contraceptivos hormonais.
Em contrapartida, estima-se que 30% dos casos de câncer de mama possam ser evitados graças à adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividade física, alimentação balanceada, manter o peso adequado, amamentar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
O câncer de mama, quando detectado em seu início, dá as mulheres boas chances de tratamento e cura, daí a importância de estimulá-las a observarem as próprias mamas, conhecerem o próprio corpo para serem capazes de identificar qualquer alteração que mereça ser investigada. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres de 50 a 69 anos realizem o exame de mamografia a cada dois anos, pois ele ajuda a detectar o câncer antes do surgimento de qualquer sintoma. No caso de mulheres com risco elevado para o desenvolvimento da doença, elas devem conversar com seus médicos para decidirem a melhor estratégia de prevenção.