Permanecer horas sentado na frente do computador, digitando sem parar ou atendendo o telefone faz parte da rotina no trabalho de muitas pessoas. Apesar de parecer inofensiva, a repetição dessas atividades pode originar uma série de incômodos como dores nos dedos e nos membros superiores, além de fadiga muscular.
Como alternativa para diminuir e prevenir esses sintomas que acompanham profissionais das mais variadas áreas, são recomendados pelo menos 15 minutos de exercícios de alongamento e reforço muscular no local de trabalho. A modalidade de atividades físicas ganhou o nome de ginástica laboral e contribui para aumentar o bem-estar físico.
Benefícios
Muitas pessoas não fazem exercícios alegando principalmente a falta de tempo. Levam, assim, uma vida sedentária.
É o caso de quem trabalha no computador, ou trabalhadores que executam movimentos repetitivos durante dias inteiros.
Para eles, a introdução de práticas de exercícios físicos ao longo da atividade laboral traz uma série de benefícios, tais como:
- Redução de fadica, do sedentarismo e do estresse;
- Prevenção de doenças provocadas por repetição, tais como: Ler (Lesões por Esforços Repetitivos) e Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho);
- Melhoria da circulação do sangue;
- Melhoria de aspectos relacionados aos tendões;
- Correção da postura;
- Melhoria de relacionamento entre colegas de trabalho;
- Melhoria na concentração e no ritmo de trabalho; e
- Aumento de produtividade.
Para as empresas, tudo isso tem como resultado, ainda, a redução de despesas decorrentes dos custos com licenças médicas.
Tipos
Há pelo menos dois tipos de ginástica laboral: a preparatória e a compensatória.
Ginástica preparatória: com uma duração entre 5 e 10 minutos, é feita nas primeiras horas do dia de trabalho ou antes de começar. Consiste em aquecimento e/ou alongamento.
Ginástica compensatória: é feita durante o dia de trabalho. Consiste em exercícios de descontração e relaxamento muscular.
Há também o relaxamento, o qual pode garantir o alívio das tensões ao fim da jornada de trabalho.
História
A ginástica laboral surge da necessidade de prevenir Ler e Dort, doenças que afetam os músculos.
A sua prática data de 1925 na Polônia. Depois, foi a vez da Holanda e da Rússia. Mais tarde, Alemanha, Bélgica, Japão e Suécia aderiram a esta prática. Em 1968, os Estados Unidos começaram a direcionar sua atenção para esta modalidade de atividade física.
No Brasil, a prática data de 1901. A primeira empresa a proporcionar ginástica aos seus funcionários foi a Fábrica de Tecidos Bangu, seguida pelo Banco do Brasil.
O primeiro curso superior nessa área teve início em 1999, na Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.