Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados mais de 6 mil casos da doença em 2018 no Brasil. O desenvolvimento do câncer do endométrio causa, em 90% das pacientes, sangramento vaginal.
O câncer do endométrio é uma doença com até 80% de chance de cura se diagnosticado precocemente. Ainda que silenciosa, a doença dá sinais que podem ser identificados: ela ocorre em 95% dos casos de cânceres de útero e, em geral, atinge mulheres acima de 55 anos. Sangramento vaginal, dor pélvica e dor na relação sexual são alguns dos sintomas.
Especialistas alertam que o mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais e entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado. Entre os fatores para o câncer de endométrio destacam-se: menopausa tardia, a primeira menstruação precoce, nunca ter tido filhos, uso de reposição hormonal, obesidade, diabetes e síndrome do ovário policístico.
Principais sintomas do câncer de endométrio:
Sangramento vaginal – é o principal sintoma de câncer de endométrio. Na pós-menopausa pode ter outras causas, como atrofia (afilamento) do endométrio ou uso de reposição hormonal. Entre 50 e 59 anos, 9% das pacientes com sangramento vaginal são diagnosticadas com câncer de endométrio. Acima dos 80 anos, o sangramento vaginal é causado pelo câncer de endométrio em 60% das pacientes. Qualquer sangramento vaginal, em qualquer idade, deve ser um sinal de alerta e necessita de avaliação médica.
Dispareunia (dor durante a relação sexual) – a doença também provoca incômodos durante as relações sexuais, o que causa desconforto físico e retração do desejo sexual. Este sintoma pode estar presente em fases avançadas da doença.
Dor pélvica – as cólicas também podem ser um sintoma, que pode estar presente em fases avançadas da doença. Nenhuma dor deve ser ignorada.
A cura é possível
As opções de tratamento do câncer de endométrio dependem do tipo de estágio da doença. A maioria das mulheres é diagnosticada em fases iniciais, com 85% das pacientes diagnosticadas em estágio 1 ou 2. O tratamento nessa fase da doença, geralmente envolve a retirada cirúrgica do útero, ovário e tuba uterina.
Atualmente, a cirurgia é minimamente invasiva, por videolaparoscopia ou robótica, é segura e com excelentes resultados oncológicos.