O indivíduo com autismo é resistente a mudanças, hipersensível e tem algumas dificuldades com o contato físico. Esses e outros transtornos se manifestam em diferentes níveis, sendo, portanto, equivocado generalizar a condição das crianças com o transtorno. É necessário analisar caso por caso.
No entanto, mesmo que você não seja um estudioso do assunto, basta estar atento a determinadas características para saber como estabelecer um contato amigável.
Acompanhe, abaixo, algumas dicas de especialistas que podem te ajudar nesse contato:
Como se comunicar?
Ao falar com a criança autista, procure modular a voz, fazendo entonações que a ajudem a identificar emoções. Gesticule de maneira a mostrar que você tem interesse em entendê-la.
Desperte a atenção
Aproveite os momentos em que ela está relaxada. Use estímulos de distração como luz e sons, por exemplo. Figuras, imagens de objetos e paisagens podem facilitar sua aproximação.
Brinque com a criança
Lojas especializadas oferecem produtos para atividades com crianças autistas. Como dicas simples os especialistas indicam papel, papelão, balde e potes que podem ser utilizados como brinquedos.
Conte histórias
Conte histórias para a criança usando um repertório de gestos, olhares e tons de voz. Esse pode ser um jogo bem produtivo, porque incentiva a concentração sobre a história, enriquece a linguagem e favorece o vínculo.
Cuidado ao toque e com as palavras
A criança autista é hipersensível. Então cuide com a intensidade da voz, com os gritos e até abraços. Ao perceber que uma determinada palavra incomoda, procure estudar o que isso pode significar para a criança. Tudo o que você falar, explique palavra por palavra.
Ajude-a quando ela se assustar
Descubra o que a assustou. Se for um ruído, veja se consegue eliminar esse estímulo. Se ela se debater ou sacudir o corpo, afaste objetos que possam machucá-la. Proteja a cabeça da criança, pegue-a no colo ou deixe uma almofada ou travesseiro sob sua cabeça. Uma dica legal é fazer uma pequena massagem nas têmporas, nos ombros, nas costas ou pés.
Quebrar a rotina quando for necessário
A criança autista pode ter resistência a mudanças e uma rotina modificada pode provocar reações como comportamentos repetitivos. Para quebrar rotinas dessa criança, apresente sinais de transição (objetos, gestos), use um timer, uma campainha para que a criança se acostume com a mudança de atividade.
Incentive o contato com outras pessoas
Manter objetos de agrado da criança à sua vista, mas inalcançáveis, faz com que ela tenha de se comunicar com adultos para conseguir o que quer.
Apresente um amigo animal
Estudos recentes da Universidade de Missouri (EUA), indicam melhoria no tratamento de crianças autistas por meio do contato com cães. Elas se sentem à vontade para agir com os animais e isso acaba estimulando habilidades sociais. Entre os ganhos obtidos nos diversos estudos realizados destacam-se: a melhora na socialização e comunicação, redução do isolamento e solidão, estímulo de afeição e prazer, melhora do humor, da atenção, da aprendizagem e na expressão de sentimentos e confiança.